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segunda-feira, 26 02 2024
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Dama do Tráfico: oposição vai protocolar pedido de impeachment de Dino

Flávio Dino. Foto: EFE/ Andre Borges

Por Paulo Cappelli

A oposição vai protocolar um pedido de impeachment do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, por conta de agendas de Luciane Farias, mulher de líder do Comando Vermelho (CV), no ministério. Conhecida como “Dama do Tráfico” do Amazonas, Luciane foi recebida por dois diretores e dois secretários do ministério.

Ela foi condenada por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa e responde em liberdade. Já seu marido, Clemilson Farias, o Tio Patinhas, cumpre sentença de 31 anos de prisão.

“Não é uma suspeita. É um fato. A primeira-dama do tráfico foi recebida no Ministério da Justiça. Isso reforça a suspeita que sempre tivemos de que é impossível entrar na Maré, da forma como Dino entrou, sem um acerto com o tráfico de drogas”, afirma o líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy.

A dúvida de opositores do governo é se o novo pedido de afastamento será feito antes ou depois da convocação de Dino para prestar esclarecimentos no Congresso Nacional

Uma parte sustenta que, antes de o pedido ser protocolado, o ministro tem que ser ouvido. Outra, que a tomada do depoimento seria “perda de tempo”.

Luciane Barbosa Faria e o secretário nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, Rafael Velasco Brandani
Boulos também conversou com mulher de líder do Comando Vermelho em maio

Após a revelação das reuniões, Dino afirmou que não sabia que Luciane Farias havia sido recebido na pasta:

“Nunca recebi, em audiência no Ministério da Justiça, líder de facção criminosa, ou esposa, ou parente, ou vizinho. De modo absurdo, simplesmente inventam a minha presença em uma audiência que NÃO SE REALIZOU em meu gabinete”, escreveu em rede social.

À tarde, na segunda-feira (13/11), Dino determinou que o secretário de Assuntos Legislativos, Elias Vaz, explicasse sozinho à imprensa a visita de Luciane Farias no ministério.

Posição oficial

O Ministério da Justiça e Segurança Pública se manifestou por meio de nota:

“No dia 16 de março, a Secretaria de Assuntos Legislativos (SAL) atendeu solicitação de agenda da Anacrim (Associação Nacional da Advocacia Criminal), com a presença de várias advogadas.

A cidadã mencionada no pedido de nota não foi a requerente da audiência, e sim uma entidade de advogados. A presença de acompanhantes é de responsabilidade exclusiva da entidade requerente e das advogadas que se apresentaram como suas dirigentes.

Por não se tratar de assunto da pasta, a Anacrim, que solicitou a agenda, foi orientada a pedir reunião na Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

A agenda na Senappen e da Anacrim aconteceu no dia 2 de maio, quando foram apresentadas reivindicações da Anacrim.
Não houve qualquer outro andamento do tema.

Sobre atuação do Setor de Inteligência, era impossível a detecção prévia da situação de uma acompanhante, uma vez que a solicitante da audiência era uma entidade de advogados, e não a cidadã mencionada no pedido de nota.

Todas as pessoas que entram no MJSP passam por cadastro na recepção e detector de metais.”

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